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A Biodiversidade e os Serviços de Ecossistemas

  • Foto do escritor: Cláudia Costa
    Cláudia Costa
  • 24 de out. de 2018
  • 3 min de leitura

Por biodiversidade ou diversidade biológica, entende-se a variedade dos organismos existentes no planeta, as suas complexas relações e as relações destes seres vivos com o seu meio ambiente.

O termo aparece definido com especial relevância no texto da Convenção da Diversidade Biológica, um acordo firmado entre vários Estados-Membros durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992. Esta Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) resultou de um processo de consciencialização por parte de todos os países, da necessidade de uma redistribuição equitativa e equilibrada dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos, e que entende a biodiversidade como a “(...) variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens, compreendendo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos, bem como os complexos ecológicos de que eles são parte integrante, incluindo a diversidade dentro de espécies, entre as espécies e de ecossistemas”

Nesta definição percebemos a multidimensionalidade e espectro de abrangência do conceito de biodiversidade(Araújo; 2; 98), que compreende os vários aspetos da diversidade biológica. A biodiversidade faz parte de um dos indicadores para o bem-estar humano, na medida em que constitui a base de sobrevivência e de manutenção da vasta gama de ecossistemas naturais e dos serviços de ecossistemas que contribuem para esse bem-estar (Millennium Ecosystems Assessment; 18; 2005). Neste sentido, é necessário avaliar a biodiversidade nas suas diferentes dimensões pois só assim é possível obter informação sobre a relação entre mudanças na diversidade biológica e mudanças no funcionamento e serviços dos ecossistemas.

As várias perceções do termo biodiversidade têm dificultado os processos de avaliação da biodiversidade, uma vez que a sua interpretação varia de acordo com o grupo profissional ou social (Araújo; 1; 98). Dentro das correntes mais dominantes podemos encontrar a ecológica, a taxonómica e a conservacionista. Para os primeiros, ecólogos das comunidades, o conceito de diversidade estará associado a dois componentes, riqueza (mais relevância dada às espécies raras) e equitabilidade (maior peso às espécies comuns). Para os taxonomistas o importante é quantificar a biodiversidade, medindo números e diferença entre atributos taxonómicos. Por último, em biologia da conservação ou para os conservacionistas, este conceito de raridade é apenas útil na medida em que fornece uma aproximação do grau de vulnerabilidade (ameaça) da espécie a processos de extinção (Araújo; 1; 98).

Como vimos, as várias dimensões do conceito levantam desafios na medição e nos processos de avaliação da biodiversidade, tornando-se difícil de quantificar de forma precisa. Desta forma, uma variedade de medidas é utilizada, o que inclui a riqueza de espécies, tipos de plantas funcionais ou a diversidade de sequências de genes distintas numa amostra de DNA microbiano tirada do solo (Millennium Ecosystems Assessment; 18; 2005). Para além do importante levantamento do número de espécies em determinada área são necessários outros indicadores para uma completa avaliação, como variabilidade, função (predadores, parasitas, competição, e facilitação tal como a polinização), quantidade e distribuição. Contudo, a medição de indicadores ecológicos quantitativos não são suficientes para medir todos os aspetos da biodiversidade, condições e serviços dos ecossistemas ou suas alterações, devendo igualmente ser utilizados indicadores económicos (p. ex. PIB) e indicadores ambientais (como temperatura e concentrações de CO2).

Referências Bibliográficas:

Araújo, M. (1998) "Avaliação da biodiversidade em conservação".

Millennium Ecosystems Assessment (2005).

Decreto-Lei Nº21/93 de 21 de junho de 1994,


 
 
 

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